top of page

Voliciolina – o combustível da vontade

O que caracteriza a vontade mais desenvolvida?

 

A vontade mais desenvolvida é a capacidade de fazer aquilo que se quer, de agir conforme a decisão pessoal autoconsciente.

 

Esse conceito inclui o autodomínio sobre as diversas motivações contrárias ao objetivo intencionado. Por exemplo, a pessoa ao escrever 1 hora do artigo conscienciológico autoproposto, inibiu o impulso deslocado de ficar no celular vendo redes sociais ou a tendência de procrastinar.

 

Por outro lado, quando a consciência se deixa levar pelos motivos destoantes dos propósitos planejados, não vivencia a volição mais avançada.

 

Também, vale ressaltar, o ato volitivo mais qualificado, segundo o paradigma consciencial, é aquele alinhado com a cosmoética, ou seja, o querer e o fazer consonantes com a evolução e o melhor para todos os envolvidos.

 

O que direciona a vontade?

 

Toda a ação empreendida pela vontade é motivada, tem energia a impulsioná-la.

 

A voliciolina é a energia consciencial empregada pela consciência, por meio do atributo da vontade, para empreender as ações pessoais, intra e extraconscienciais.

Uma analogia para ajudar a entender esse processo é a de comparar a vontade a um motor de carro, e a voliciolina ao combustível. É preciso encher o tanque de combustível da vontade com energia consciencial (voliciolina) para o carro andar.

 

Neste sentido, quanto mais a volição é energizada, mais a conscin fica motivada para iniciar e sustentar a atividade escolhida.

No caso da escrita do artigo, quanto mais motivos houver para escrever, mais fácil fica a realização da tarefa, e menor a probabilidade em desviar para outras ações não desejadas.

De que modo a vontade pode ser carregada de voliciolina?

Muitas vezes há pouca motivação para o que se quer fazer no momento e, em contrapartida, há um forte direcionamento para atividades diferentes. Por exemplo, na hora planejada para exercícios físicos, a pessoa fica com preguiça e tendendo a ficar assistindo seriado na televisão.

Paradoxalmente, a vontade mesmo pouco energizada é a chave para o autocarregamento energético. A ação é o “dínamo” da vontade e na medida em que se inicia a tarefa almejada, com foco na organização, realização e resultados, o tanque de voliciolina vai gradativamente sendo preenchido com motivações alinhadas à atividade, ao mesmo tempo em que há o arrefecimento dos impulsos deslocados.

O exercício continuado das atividades ajuda a manter o ritmo e a sustentar os níveis de energia. É mais fácil começar a ginástica quando a prática é diária a iniciá-la após meses parado.

 

O valor do autodiscernimento

 

Importa perceber que ao acionar a autovolição para iniciar uma ação pouco motivada, na verdade o propulsor da vontade foi o discernimento sobre o que era o melhor a fazer naquele momento.

Quando não se sabe o melhor a fazer, fica muito difícil contrapor-se ao inadequado, mesmo sabendo ser prejudicial.

Nesse contexto, toda a pesquisa e autorreflexão sobre o melhor caminho evolutivo a seguir ajudam a qualificar o direcionamento volitivo.

Em contraposição, as tendências subcerebrais devem ser tratadas com discernimento. Domar o “bicho” interno não é meramente reprimir a instintividade, mas usá-la de modo funcional, a favor de si mesmo. Comer é ação instintual fisiológica e mantenedora do soma. Quando adequada, a fome direciona homeostaticamente a vontade. Quando disfuncional, por exemplo no desejo de comer em excesso, o impulso deve ser inibido.

Em síntese, a voliciolina direcionadora da vontade deve ser qualificada, o tempo todo, pelo autodiscernimento evolutivo.

Autor: Christovão Peres, consciencioterapeuta e voluntário da Organização Internacional de Consciencioterapia (OIC).

Saiba mais sobre este assunto:

Referências Bibliográficas:

 

Peres, Christovão; Volicioterapia: Vontade aplicada à Autoconsciencioterapia; pref. Maximiliano Haymann; revisores Eliana Manfroi; et al.; 334 p.; 4 seções; 17 caps.; 157 enus.; 1 foto; 1 microbiografia; 1 pontoação; 5 tabs.; 72 técnicas; 5 apênds.; 89 refs.; 23 webgrafias; alf.; 23 x 16 cm; br.; Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2021; ISBN 978-85-86544-22-0; páginas 1 a 334.

bottom of page