Como enfrentar a pusilanimidade?
Você deseja realizar algo, mas falta energia para executar as ações necessárias de modo a concretizar seus planos e metas?
Já pensou sobre os bloqueios ou travões, e suas causas, que o impedem de agir ou o levam às postergações?
Percebe que a manutenção desses comportamentos pode levar à estagnação evolutiva?
Uma das causas destas dificuldades pode ser a pusilanimidade, ou seja, a fraqueza de ânimo, energia e decisão, provocando o recuo em momentos de decisões importantes da vida por medo diante de pressões assediadoras.
A manifestação desse traço fardo na conscin intermissivista pode levar ao desvio da programação existencial, comprometendo a sua inserção no trabalho proexológico grupal.
Algumas características destas manifestações da conscin pusilânime podem ser listadas:
01. Banalização dos próprios trafores.
02. Dificuldade em lidar com as heterocríticas.
03. Evitação de situações em que se sente vulnerável.
04. Interpretação do erro como fracasso.
05. Necessidade de heteroaceitação e heteroaprovação.
06. Omissão deficitária devido ao medo de errar.
07. Paralisia diante das dificuldades pessoais.
08. Postergação de decisões ou posicionamentos.
09. Preocupação com a autoimagem e foco no ego.
10. Utilização do perfeccionismo como mecanismo de defesa.
11. Dificuldade em assumir ideias ou posturas novas.
Diversos traços de personalidade podem contribuir para a instalação e manutenção deste quadro nosográfico. Dentre eles, destacamos: a dificuldade em assumir ideias e posturas novas, a preocupação com a autoimagem, o perfeccionismo, a insegurança, o medo de expor suas dificuldades, de errar e de discordar.
Um dos fatores que podem levar à manifestação da pusilanimidade, é o medo de enfrentar os assediadores extrafísicos, prováveis companheiros de ações anticosmoéticas do passado, que ainda não têm interesse em se reciclar. Desta forma, a conscin pusilânime pode acumpliciar-se com o grupo extrafísico e recuar em seus objetivos proexológicos, não aproveitando as oportunidades evolutivas e paralisando a consecução da proéxis.
Nesta condição pode ocorrer o assédio interconsciencial mútuo, com reforço da interprisão grupal, de acordo com o Princípio da Inseparabilidade Grupocármica. A cumplicidade doentia mantém e reforça a interprisão. A conscin intermissivista ao vitimizar-se, dramatiza a situação, recolhe-se e não assume o seu papel de assistente do grupo. As consciências extrafísicas patológicas podem potencializar a insegurança e o medo.
Como consequência, pode haver a intensificação de sentimentos de autoculpa, desencadeando sofrimento consciencial, levando à instalação de um quadro de Melancolia Intrafísica – Melin.
Também pode ocorrer:
1. Procrastinação evolutiva;
2. Atraso consciencial anticosmoético;
3. Decisões adiadas;
4. Pseudodesconforto antievolutivo;
5. Uso do “caminho mais fácil”;
6. Acomodação pessoal.
Segundo Vieira, acontece de a conscin intermissivista trabalhar com toda a motivação para o cumprimento da proéxis e ser descoberta pelos assediadores, companheiros de atitudes anticosmoéticas do passado, e estes fazerem-lhe pressão e provocar-lhe o recuo, sentimento de autoculpa, medos, paralisias, mantendo assim a interprisão grupocármica.
A não confrontação e o recuo das atividades provocam alívio momentâneo, porém reforçam a fobia, gerando um ciclo interminável de fugas e evitações. A conscin substitui o prioritário para o cumprimento da sua proéxis pelo não prioritário, levando posteriormente ao incompletismo existencial 4.
A compreensão dos mecanismos de funcionamento e o aprofundamento do autoconhecimento dos próprios valores evolutivos contribuem para direcionar as mudanças no comportamento a serem implementadas.
Algumas posturas e técnicas podem auxiliar na compreensão e no autoenfrentamento da pusilanimidade:
1. Identificação dos Trafores. Listar os trafores e potenciais, identificando as situações em que foram aplicados. Ao reconhecer e assumir os traços fortes, positivos da sua personalidade, a conscin aumenta a autossegurança para realizar os objetivos pessoais.
2. Técnica da qualificação da intenção. Perguntar-se, ao analisar as escolhas pessoais, utilizando máxima autenticidade, as perguntas clássicas do procedimento: Por quê?, Para quê?, Para quem?. As autorrespostas ajudam a avaliar o grau de cosmoeticidade das ações.
3. Técnica da checagem autopensênica. A identificação e reflexões acerca da autopensenidade, por meio do autodiscernimento e do parapsiquismo, auxiliam na avaliação do grau de autenticidade nas manifestações, levando a ajustes, diminuindo as dramatizações das situações e a autocorrupção dos próprios valores.
4. Técnica da ação pelas prioridades. Para tornar factível a proposta de reciclar o traço fardo da pusilanimidade, após a autoanálise criteriosa de sua manifestação, o evoluciente pode dividir as autoprescrições de enfrentamento em ações mais simples e encadeadas, com o objetivo de superar a dificuldade maior. Após as pequenas autossuperações, percebe o aporte de energia, o qual gera maior motivação para continuar o processo, estabelecendo um mecanismo de reforço positivo, aumentando a autoconfiança.
5. Técnica da tenepes. A prática da tenepes, com assistência aos grupos extrafísicos do passado, facilita a reconciliação grupocármica, propiciando à conscin maior autonomia e autossegurança em suas manifestações.
O cumprimento dos compromissos evolutivos assumidos no curso intermissivo e o autoexemplarismo das novas posturas, com atitudes mais maduras e cosmoéticas, favorecem reciclagens em alguns membros dos grupos intrafísico e extrafísico, iniciando o processo de recomposição grupocármica.
É necessário manter a autovigilância constante de modo a não permitir a ocorrência de interferências nas diretrizes básicas da programação existencial identificada pela conscin intermissivista.
Autor: Lourdes Viana, consciencioterapeuta e voluntário da Organização Internacional de Consciencioterapia (OIC).
Referências Bibliográficas:
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2. Lima, André; Medo; verbete; In: Vieira, Waldo; Org.; Enciclopédia da Conscienciologia; apres. Coordenação da ENCYCLOSSAPIENS; revisores Equipe de Revisores da ENCYCLOSSAPIENS; 27 Vols.; 23.178 p.; Vol. 18; 1.112 citações; 11 cronologias; 33 E-mails; 206.055 enus.; 602 especialidades; 1 foto; glos. 4.580 termos (verbetes); 701 microbiografias; 270 tabs.; 702 verbetógrafos; 28 websites; 670 filmes; 54 videografias; 1.087 webgrafias; 13.896 refs.; 9ª Ed. rev. e aum.; Associação Internacional de Enciclopediologia Conscienciológica (ENCYCLOSSAPIENS); & Asso¬cia¬ção Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2018; ISBN 978-5-8477-118-9; páginas 14.688 a 14.695.
3. Viana, Lourdes; Autoenfrentamento da Pusilanimidade para a Retomada da Proéxis; Artigo; Conscientiotherapia; Revista; Anuário; Edição Especial; Ano 8; N. 8; Seção Autoconsciencioterapia; 1 E-mail; 6 enus.; 1 microbiografia; 4 técnicas; 11 refs.; Organização Internacional de Consciencioterapia (OIC); Foz do Iguaçu, PR; Abril, 2019; páginas 87 a 98
4. Vieira, Waldo; Dicionário de Argumentos da Conscienciologia; revisores Equipe de Revisores do Holociclo; 1.572 p.; 1 blog; 21 E-mails; 551 enus.; 1 esquema da evolução consciencial; 18 fotos; glos. 650 termos; 19 websites; alf.; 28,5 x 21,5 x 7 cm; enc.; Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2014; página 152.